

Os meus silêncios são cruéis e duros,
Nas trevas dos dias que me ensombram,
Nas noites em branco que me tombam,
Nas lágrimas, nos vales e nos muros
Será que sabes ler-me sem me ler?
Será que no teu peito ainda existo?
Ou fui sublinhado em mero risco
Daqueles sem expressão e sem se ver?
Que raros são os momentos de paixão...
Que emergem de caudais de solidão
E se fecham em silêncios de ternura...
Segue os trilhos dos minutos que viveste
Pergunta a ti própria se cresceste...
Abre as portas aos riachos da censura
Ângelo Gomes – 16 de Dezembro de 2004 – 17h43
Fotografia: RÓ
RÓ
1 comentário:
O poema é muito bom....
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