segunda-feira, março 13, 2006

Esmola


Caiu-me uma gaivota
Nas mãos
Quando as estendia a esmolar.
E eu tinha fome
E mais sede...

....Então, abri-lhe as asas
No seu último desejo de vida
Dum voo livre.

E antes que morresse
Pediu-me
Que lhe bebesse todo o sangue
Quente
Vivo ainda
Para eu assim continuá-la
Desesperadamente.

Ai de mim
Que me tornei loucura
E preciso de ir mais além
Bem longe, longe
E aí tombar
Numa agonia doce, dolorosa.


Fotografia: Pintura de António Inverno ( pintor alentejano )


1 comentário:

disse...

Amiga
Obrigado pelos comentários k tens vindo a deixar. Faz-me bem esse alento.
Infelizmente esta semana não me permite divagar, pelo que não sei kaundo terir tempo para escrever novamente, mas continuarei inpacienetemente à espera de palavras tuas. beijos grandes e fica bem.
Mar