sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Com a liberdade na alma lembrar Zeca Afonso

A morte saiu à rua num dia assim
Naquele lugar sem nome para qualquer fim

Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue de um peito aberto sai

O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal

E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o Pintor morreu

Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale

À lei assassina, à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou

Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim

Na curva da estrada hà covas feitas no chão
E em todas florirão rosas de uma nação

2 comentários:

Anónimo disse...

Grande e Eterno Zeca!
Deixei versão minha no ANACRUSES
http://anacruses.blogspot.com

Anónimo disse...

Viva o Zeca, SEMPRE.